Viver com mobilidade reduzida em Portugal: as dificuldades dentro e fora de casa

Estudo revela que um terço dos inquiridos sente necessidade de equipamentos ou de infraestruturas específicas para auxiliar a mobilidade

Escrito por: Stannah

Mobilidade reduzida

Casa inadaptada às condições de mobilidade, pouco dinheiro para suprir as despesas de saúde, pouca ajuda e barreiras arquitetónicas tanto na via pública como no interior de edifícios impossibilita um terço das pessoas com mobilidade reduzida inquiridas de desfrutarem de uma vida mais plena. Segundo o inquérito da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), ontem divulgado, viver com limitações físicas em Portugal ainda tem os seus dissabores.

Entre fevereiro e março últimos, a DECO enviou a uma parte da população um questionário sobre o tema. Com a ajuda de associações do sector, fez chegar o questionário a cidadãos com deficiência motora e sensorial (visual e auditiva). No total, obteve 2854 respostas válidas. A maioria das pessoas questionadas lembra que o caminho para a eliminação das barreiras tem sido lento e que as dificuldades começam, desde logo, no prédio/casa onde se habita.

Pouca acessibilidade nos edifícios e transportes 

Mais de 40% dos inquiridos com mobilidade reduzida relatam a dificuldade, ou mesmo impossibilidade, em vencer sucessivas barreiras arquitetónicas. As deslocações e a mobilidade no interior de hospitais, de edifícios públicos, de supermercados e de centros comerciais podem tornar-se verdadeiros calvários ou revelar-se mesmo impraticáveis. Um terço indica as paragens de autocarro e o próprio interior dos veículos como inacessíveis. As estações de comboio e de metropolitano apresentam a mesma lacuna, de acordo com 25% destes cidadãos.

Outro problema identificado por um quarto dos que responderam ao nosso estudo é a falta de adaptação das casas de banho em edifícios públicos, mas também em restaurantes e em lojas. Passeios, passadeiras e estacionamentos também precisam de melhoramentos, para que as barreiras enfrentadas por quem anda de cadeira de rodas, por exemplo, acabem.

Casas inadaptadas à condição e mobilidade

Movimentar-se dentro de casa nem sempre é um exercício fácil para mais de 40% das pessoas com limitações físicas. Cerca de um terço dos inquiridos revela sentir a necessidade de equipamentos ou infraestruturas específicas para auxiliar a mobilidade. Banheira e casa de banho adaptadas, elevadores ou mecanismos de elevação, corrimões e rampas são as infraestruturas mais urgentes. As caraterísticas arquitetónicas da própria casa e o espaço diminuto são outros motivos apontados.

casas_inadaptadas

De acordo com a DECO, atividades rotineiras para tanta gente, como ir à casa de banho e tratar da higiene, são ainda uma miragem para quem lida diariamente com dificuldades de mobilidade. Além disso, o estudo revela que “desenvolver e manter uma atividade profissional é muito difícil, ou mesmo impossível, para cerca de 45% dos inquiridos”. Existem ainda uma considerável percentagem que não consegue realizar, sem precisar de ajuda, tarefas básicas como tomar banho ou preparar uma refeição.   

“Derrubar” barreiras: a Stannah pode ajudar!

Diariamente, ouvimos testemunhos de pessoas que revelam as mesmas dificuldades descrita no estudo realizado. Dentro de casa, a título de exemplo, os principais obstáculos que destacam são as escadas e a casa de banho. Felizmente, hoje em dia, já existem muitas formas de contornar esses desafios, devolvendo a estas pessoas a liberdade e independência que sempre sonharam ter.

Imagem de uma plataforma elevatória para pessoas com mobilidade reduzida

Por exemplo, os cadeiras elevatórias ou plataformas elevatórias são duas soluções perfeitas para que pessoas com mobilidade reduzida possam vencer as escadas, em segurança e com o maior conforto desejado. Estes equipamentos adaptam-se a diferentes tipologias de escadas e podem ser instalados em escadas retas ou curvas com patamares e em ambientes interiores ou exteriores, promovendo, assim, a acessibilidade a pessoas com mobilidade a qualquer espaço.

A maioria dos acidentes ocorre em casa (> 65%), nas escadas e no quarto de banho, e o principal mecanismo da lesão foi a queda.

Observatório Nacional de Saúde

O quarto de banho é outro obstáculo muito evidenciado ao longo do estudo e é também por essa razão que muitas pessoas nos procuram. Na verdade, é no quarto de banho que o embaraço resultante das dificuldades de mobilidade atinge mais pessoas. Muitas sentem-se obrigadas a pedir ajuda a um familiar, sujeitando-se à perda de privacidade; mas outras, mais reservadas, consideram esse recurso um ataque à sua dignidade e privacidade, preferindo sujeitar-se à possibilidade de escorregar. Melhorar/adaptar o quarto de banho irá impulsionar a qualidade de vida tanto das pessoas com mobilidade reduzida, como dos seus familiares.

O acesso à banheira assume-se como uma das maiores dificuldades das pessoas com mobilidade. Entrar e sair de uma banheira convencional torna-se uma missão arriscada e, por vezes, dolorosa. Por tudo isso, as banheiras convencionais podem propiciar acidentes, sobretudo quedas.

Cada vez mais procuradas, as banheiras com porta surgiram como solução para quem, por razões de saúde ou preferência, preferem um banho ao duche. Por terem uma porta de baixo limiar, estas banheiras permitem entrar e sair da banheira sem esforço para os joelhos; no caso dos modelos altos, as próprias paredes das banheiras funcionam como apoio, sobretudo útil para quem sofre de desequilíbrio.

O poliban também é uma excelente opção para que pessoas com mobilidade reduzida possam movimentar-se em segurança na hora do banho. Este equipamento destaca-se por ser uma solução muito completa, capaz de responder a diferentes necessidades – ideal tanto para um banho independente como para um banho assistido ou de cadeira de rodas. Fabricada à medida das dimensões da sua antiga banheira (não necessita de obras ou de alterar as cerâmicas/canalizações), integra-se perfeitamente em qualquer casa de banho.

Atualmente, já existem vários equipamentos pensados para restaurar e promover a qualidade de vida de todos aqueles que, por consequência da idade ou doença, sentem a sua mobilidade afetada. Por isso, ter uma vida ativa dentro de casa é possível, mesmo para pessoas com mobilidade reduzida.