Como ser feliz? Desvendamos os segredos para uma felicidade duradoura

Escrito por: Stannah

Mulher encontra felicidade no dia a dia

Nós havemos ambos de encontrar

Um destino qualquer

Ou um banquinho bom para sentar

Vai ser tão bonito descobrir

Que no futuro só

Quem decide é a vontade

Tem de acontecer, porque tem de ser

E o que tem de ser tem muita força

“Seja Agora”, Deolinda

Reconheceu a música? Talvez tenha dado por si a cantarolar a melodia ao ler a letra. A música “Seja Agora” faz parte do álbum da banda Deolinda, lançado em 2013, e ajuda a lembrar-nos de que aconteça o que acontecer, o importante é ter vontade de seguir em frente porque o sol há-de voltar a brilhar.

No entanto, o que podemos fazer quando perdemos a esperança de que melhores dias virão? Conseguimos encontrar a felicidade nestes momentos difíceis? Hoje, embarcamos numa viagem pelo espaço e tempo para nos lembrarmos de que há sempre oportunidade para sermos felizes, mesmo nos momentos mais solitários – tudo depende da forma como olhamos para eles. 

Como ser feliz: 3 passos simples para encontrar a felicidade nos momentos do dia a dia

Abraçar a inconstância da vida

Na cultura japonesa, há um conceito bonito conhecido como “mono no aware” (物の哀れ), que, em português, pode ser traduzido de forma livre como “a beleza da inconstância, das coisas que vão passando.” Esta filosofia japonesa encoraja-nos a parar e a reconhecer que nada dura para sempre. 

Tudo é transitório, incluindo a beleza das pequenas coisas: o olhar amoroso de um animal de estimação, um raio de sol sob uma cadeira, o cintilar de uma fogueira ou o sorriso tenro dos nossos entes queridos. Na azáfama das nossas vidas, cada um destes momentos oferece a oportunidade de viver uma felicidade pura e pessoal. 

Por isso, reserve um momento, respire e levante a cabeça. Maravilhe-se com o céu e abrace a alegria pura que é exclusivamente sua.

Explorar o mundo da meditação mindfulness 

Meditação e mindfulness, muitas vezes usados de forma substituível, tornaram-se termos generalizados. Mas o que é exatamente a meditação mindfulness?

Mindfulness, ou atenção plena em português, é a arte de estar totalmente presente no momento, a observar com interesse e sem julgamento. Participar na meditação mindfulness é uma prática transformadora, ajudando a libertar-nos das armadilhas mentais e a priorizar o que realmente importa para nós. Trata-se de viver de uma forma autêntica, em harmonia com aquilo nos traz alegria e realização.

Parte do apelo duradouro de mindfulness reside nas suas raízes centenárias. Os monges budistas têm incorporado exercícios de mindfulness nas suas práticas de meditação, há mais de 2600 anos, considerando-a como o caminho para a iluminação.

A popularidade generalizada de mindfulness também é apoiada por pesquisas substanciais. Um estudo de 2011 comprovou mudanças na densidade da matéria cinzenta cerebral e nas regiões associadas à memória, autoperceção e regulação das emoções, devido à meditação mindfulness. Há estudos em cursos que também exploram o seu potencial para melhorar o humor.

Dado o seu impacto positivo e raízes ancestrais, não há mal em experimentar o mindfulness. Basta respirar fundo e deixar-se ir.

Memento Mori: refletir sobre as constantes mudanças da vida

“Lembre-se, terás de morrer!”

“Sim, sim, vou anotar isso, agora mesmo” Mario (Massimo Troisi) respondeu à solene recordação do monge na praça de Frittole, imortalizado no inesquecível filme italiano “Nothing Left To Do But Cry” (Non Ci Resta Che Piangere; em português, “Nada mais há a fazer do que chorar”).

De acordo com os filósofos estoicos, reconhecer que a morte é uma parte inevitável da vida pode influenciar profundamente os nossos hábitos. Na verdade, Memento mori é uma prática ancestral de reflexão sobre a mortalidade.

Para compreender o seu significado, devemos considerar quem foi Séneca, um filósofo estoico que viveu entre 4 a.C. e 65 d.C., e a sua relação com o conceito de morte. Na sua época, a morte era um aspeto mais frequente e tangível da vida, marcado por guerras, doenças e fome.

Para nós, em 2023, a ideia pode parecer inquietante. Quem é quer ficar a pensar na morte?

O poder dos pequenos gestos

Caro leitor, em tempos de desafio, abraçar a lentidão, a consciência, e valorizar pequenos gestos, pode ajudar-nos a viver de forma mais harmoniosa connosco e a encontrar junto de quem nos rodeia.