As 9 doenças mais comuns nos idosos

Saiba quais os tipos de doenças mais comuns nos idosos, conheça os seus sintomas e perceba como pode prevenir ou controlar estas doenças associadas ao envelhecimento

Escrito por: Stannah

doenças mais comuns nos idosos

A velhice carateriza-se pela deterioração progressiva do organismo, provocando diminuição da capacidade cardiorrespiratória, da força muscular, da resistência dos ossos e da flexibilidade das articulações.

Por isso, à medida que envelhecemos, chega uma nova fase das nossas vidas com algumas mudanças físicas, mentais e psicológicas. Estas alterações podem dar origem a algumas doenças, normalmente associadas às doenças mais comuns nos idosos. Ao longo deste artigo poderá conhecer as diferentes doenças, os seus sintomas e como poderá prevenir ou controlar estas doenças associadas ao envelhecimento.

Terceira idade – Esperança de vida aos 65

Com os olhos postos no aumento da esperança de vida aos 65 e nas implicações que este fenómeno terá na área da saúde e nas políticas de apoio ao envelhecimento, existe cada vez mais o interesse em abordar os tipos de doenças mais comuns nos idosos como forma de as controlar ou de as prevenir.

Gráfico da evolução dos grupos etários até 2060

Com os desenvolvimentos da medicina e das condições de vida nos últimos 150 anos, a esperança de vida prolongou-se e todos aspiramos a ser idosos saudáveis e ativos. Como tal, importa, sobretudo, compreender os desafios enfrentados à medida que envelhecemos e conhecer as medidas preventivas que nos conduzem no caminho para o envelhecimento saudável.

Quais as doenças mais comuns nos idosos em Portugal?

imagens representativa das doenças mais comuns nos idosos

Doenças mais comuns nos idosos: dicas para conhecer melhor estas doenças e como tratá-las

Alzheimer doença mais comun nos idosos

Alzheimer – Doença do esquecimento

Considerada como uma das doenças ligadas à terceira idade, visto que afeta maioritariamente pessoas com mais de 65 anos, a doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de diversas funções cognitivas (memória, atenção, concentração, linguagem, pensamento, entre outras).

Esta deterioração tem como consequências alterações no comportamento, na personalidade e na capacidade funcional da pessoa, dificultando a realização das suas atividades de vida diária.

Qualquer pessoa pode desenvolver a Doença de Alzheimer. No entanto, é mais comum acontecer após os 65 anos, pois, a taxa de prevalência da demência aumenta com a idade. A nível mundial, a demência afeta 1 em cada 80 mulheres, com idades compreendidas entre os 65 e 69 anos, sendo que no caso dos homens a proporção é de 1 em cada 60. Nas idades acima dos 85 anos, para ambos os sexos, a Demência afeta aproximadamente 1 em cada 4 pessoas.

Sintomas que podem ajudar o diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer é, sem dúvida, fundamental para retardar o seu avanço pois esta doença tem tendência a progredir ao longo dos anos. Nas fases iniciais, os sintomas da doença de Alzheimer podem ser muito subtis. Normalmente, o esquecimento é o sinal de alerta mais associado e este estado de saúde, mas existem outros:

  • Perda de memória persistente e frequente, especialmente de acontecimentos mais recentes;
  • Dificuldades em executar tarefas do quotidiano;
  • Repetir conversas ou tarefas, devido ao esquecimento constante;
  • Esquecer-se de pessoas ou lugares conhecidos;
  • Problemas de discernimento, como, por exemplo, dificuldade em se vestir de acordo com a estação do ano;
  • Problemas de linguagem, como esquecimento de palavras simples associado à dificuldade de compreensão da fala e da escrita;
  • Imprevisibilidade emocional (alteração na personalidade de modo a se identificar na pessoa apatia, confusão, agressividade ou desconfiança);
  • Perda de iniciativa, com características de desinteresse pelas atividades habituais;

Atualmente não existe um teste específico para identificar esta doença comum nos idosos. O diagnóstico é realizado após uma observação clínica cuidadosa. O diagnóstico clínico pode incluir a realização de história médica detalhada, exame físico e neurológico aprofundado, exame do funcionamento intelectual, avaliação psiquiátrica, avaliação neuropsicológica e análises laboratoriais ao sangue e urina.

Como prevenir e tratar o Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma das doenças mais comuns nos idosos que não tem cura. Uma vez diagnosticada, é importante tratar da doença como forma de evitar o agravamento da degeneração cerebral.

Como forma de prevenir esta doença, deverá manter hábitos de vida saudáveis, adotando uma dieta mediterrânea, e privar-se de comportamentos que vão prejudicar a circulação e o funcionamento do cérebro (fumar e beber em demasia). Além disso, é importante estimular o raciocínio e a cognição cerebral, praticando atividades que estimulam a memória do idoso.

Quanto ao tratamento, além do uso de remédios, é importante fazer terapias que melhoram a independência e o raciocínio, com terapia ocupacional, fisioterapia, atividades físicas.

Parkinson doença mais comun nos idosos

Parkinson – Doença do cérebro

A doença de Parkinson é uma doença degenerativa e progressiva do cérebro caracterizada por alterar os movimentos, provocando tremor, rigidez dos músculos, lentidão dos movimentos e desequilíbrio. Esta doença resulta da redução dos níveis de uma substância (dopamina) que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos.

O diagnóstico desta doença depende da história clínica e da avaliação neurológica. Não existe nenhum teste que permita um diagnóstico definitivo. Perante um quadro sugestivo desta doença, a realização de um ensaio de tratamento com levodopa é útil. Se os sintomas melhorarem durante esse ensaio, a probabilidade de se estar perante doença de Parkinson é elevada.

Sinais da doença de Parkinson

Geralmente associada a pessoas com idade acima dos 50 anos, por isso considerada uma das doenças comuns nos idosos, os sinais e sintomas da doença de Parkinson aparecem de forma gradual, mas com o passar do tempo têm tendência a aumentar consideravelmente. De todos, destacamos os seguintes:

  • Tremor (piora quando a pessoa está parada e geralmente predomina num lado do corpo, sendo mais notório na mão, braço pernas ou queixo)
  • Rigidez dos músculos (dificuldade em movimentar-se, impedindo atividades como caminhar, usar os braços ou subir e descer escadas)
  • Lentidão nos movimentos (a agilidade para realizar movimentos rápidos é menor, de forma a dificultar tarefas simples como abrir e fechar as mãos)
  • Perda do equilíbrio e reflexos (fruto da dificuldade em controlar os movimentos, equilibrar-se torna-se uma tarefa muito difícil de ser realizada, havendo um grande risco de queda

Como tratar a doença de Parkinson?

Embora não exista cura para a doença de Parkinson, os sintomas podem ser controlados através de diversos tipos de medicamentos.

É igualmente importante a realização de tratamento de fisioterapia. Este tratamento ajuda no estímulo da movimentação e melhora a qualidade de vida da pessoa, pois, melhora a força, a coordenação e a amplitude dos movimentos, diminuindo o desequilíbrio natural da doença e prevenindo contraturas e quedas. Também deverá praticar regularmente exercício físico e manter uma dieta equilibrada que permitem oferecer melhor qualidade vida e melhorar o controlo corporal.

Uma vez que a dopamina controla a atividade muscular, os sintomas desta doença, como conseguiu ver anteriormente, relacionam-se essencialmente com os movimentos.

Como forma de ajudar a vida de um doente de Parkinson, é importante adaptar/equipar a casa onde este vive. A Stannah disponibiliza um leque de equipamentos, ideais para ajudar uma pessoa que sofre desta patologia.
Cataratas é uma das doenças mais comuns nos idosos

Cataratas – Doença da vista

As cataratas são uma doença associada à vista e prejudica a visão. Carateriza-se pela perda progressiva da transparência do cristalino (lente natural do olho) podendo afetar um ou dois olhos e podem evoluir com ritmos diferentes em cada um deles.

A maioria das cataratas relaciona-se com a idade, correspondendo a um processo degenerativo. Portanto, as cataratas são mais comuns nas pessoas mais idosas, sendo, por isso, uma das doenças mais comuns nos idosos. Em Portugal, estima-se cerca de 170.000 pessoas sofram de cataratas –  6 em cada 10 pessoas com mais de 60 anos apresentam sinais desta doença.

Destacamos a Catarata senil ou da idade que, normalmente, desenvolve-se depois dos 65 anos. Por esse motivo, é descrita como uma doença associada ao envelhecimento e muitas vezes conhecida como a “catarata no idoso”.

Quais os sintomas da doença?

Os sintomas mais frequentes das cataratas são:

  • Redução gradual da visão, tanto para o perto como para o longe;
  • Maior sensibilidade à luz;
  • Mudança frequente de óculos;
  • Halos em torno das luzes;
  • Diminuição da visão noturna;

Prevenção e tratamento das Cataratas

A formação das cataratas é, quase sempre, um processo inevitável relacionado com o envelhecimento das estruturas oculares. O único tratamento definitivo das cataratas é a cirurgia, que têm sido realizadas com total sucesso. Uma alimentação equilibrada pode também traduzir-se num menor risco de desenvolvimento de cataratas. Outra medida preventiva é proteger-se da radiação solar por meio de óculos escuros e/ou com proteção ultravioleta.

Diabetes na terceira idade como doença mais comum

Diabetes- doença relacionada com os níveis excessivos de açúcar

A Diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose que acompanha os alimentos. Para combater os níveis excessivos de açúcar, o pâncreas é o órgão do corpo humano responsável pela produção de insulina – uma hormona que ajuda a controlar os níveis de açúcar existentes no sangue.

A pouca produção de insulina, a resistência à insulina, ou ambas, fazem com que a glicose se acumule no sangue e, portanto, não cumpra o seu papel como principal fonte de energia para o organismo. No caso de um idoso, este mau funcionamento pode ser fatal e é por isso que se deve ter todos os cuidados para controlar da melhor forma a diabetes.

Sintomas das Diabetes

Os sinais desta doença crónica variam consoante o tipo de Diabetes (tipo 1 e 2) diagnosticado à pessoa. No entanto, destacamos alguns:

  • Ter muita sede (tipo 1)
  • Emagrecer rapidamente (tipo 1)
  • Grande fadiga, associada a dores musculares intensas (tipo 1)
  • Sede constante e intensa (Tipo 2)
  • Fome constante e difícil de saciar (Tipo 2)
  • Fadiga, associada a muitas dores musculares (Tipo 2)

Tratamento para diabetes

Tipo 1: Uso de insulina, injetando 2 a 3 vezes por dia. É igualmente importante seguir uma dieta ideal para quem sofre desta doença e praticar exercício físico. Verificar a taxa de açúcar no sangue diariamente, utilizando as tiras reagente e o glicosímetro, é outra ação importante para o tratamento desta doença.

Tipo 2: Pode ser feito com a ingestão de remédios que ajudam a controlar a produção e a secreção de insulina pelo pâncreas.

Normalmente, inicia-se o tratamento tomando apenas um medicamento, sendo que depois o médico avalia a necessidade da combinação de outros. É comum na 3ª idade a ingestão de 2 medicamentos para controlar a diabetes tipo 2. Seguir uma dieta adequada e praticar exercícios também é importante para o controle da diabetes tipo 2.

Doenças cardiovasculares nos idosos

Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares). A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco modificáveis. O controlo dos fatores de risco é uma excelente  forma de reduzir as complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.

As doenças cardiovasculares (DCV) são de vários tipos, sendo as mais preocupantes a doença das artérias coronárias (artérias do coração) e a doença das artérias do cérebro. Quase todas são provocadas por aterosclerose, ou seja, pelo depósito de placas de gordura e cálcio no interior das artérias que dificultam a circulação sanguínea nos órgãos e podem mesmo chegar a impedi-la. Quando a aterosclerose aparece nas artérias coronárias, pode causar sintomas e doenças como a angina de peito ou provocar um enfarte do miocárdio. Quando se desenvolve nas artérias do cérebro, pode originar sintomas como, por exemplo, alterações de memória, tonturas ou causar um acidente vascular cerebral (AVC). As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 40% dos óbitos em Portugal, sendo igualmente responsáveis por uma elevada taxa de incapacidade.

Fatores de Risco

As doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores que se designam fatores de risco. Alguns não podem ser modificados, como a hereditariedade, o sexo e a idade. Outros, pelo contrário, podem ser modificados com medidas de estilo de vida e medicamentos.

Fatores de risco modificáveis

  • Açúcar elevado no sangue (diabetes);
  • Colesterol elevado (hipercolesterolemia);
  • Triglicéridos elevados (hipertrigliceridemia);
  • Pressão arterial elevada (hipertensão arterial);
  • Excesso de peso e obesidade;
  • Hábito de fumar;
  • Abuso de bebidas alcoólicas;
  • Pouco exercício físico (sedentarismo);

Fatores de risco não modificáveis

  • Idade
  • Sexo
  • Genética (inclui a história familiar de doenças cardiovasculares)

O rastreio e o diagnóstico médico são fundamentais para avaliar o risco que se corre de vir a ter uma doença cardiovascular. Quanto mais precoce é o diagnóstico, maiores são as possibilidades de impedir o aparecimento ou o agravamento de doença cardiovascular. Uma particularidade dos factores de risco é que, pior do que se adicionarem, eles potenciam-se, ou seja, agravam-se mutuamente.

Fatores de risco em Portugal

Um estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge demonstrou que, numa população entre os 18 e os 79 anos, cerca de 55% das pessoas têm 2 ou mais fatores de risco cardiovasculares:

  • Mais de metade tem excesso de peso ou obesidade;
  • Cerca de 40% têm hipertensão arterial;
  • 1/4 são fumadores;
  • Cerca de 30% têm colesterol muito elevado;
  • O número de pessoas com diabetes continua muito alto.

Estes números mostram que, em Portugal, ainda há muito por fazer para baixar o risco de doença cardiovascular, sobretudo do acidente vascular cerebral, em que somos um dos países com maior mortalidade na Europa.

Sintomas das Doenças Cardiovasculares

identificar doenças e problemas cardiacos

Tratamento e prevenção das Doenças Cardiovasculares

  • Seja ativo;
  • Controle o seu nível de colesterol;
  • Pratique uma alimentação saudável;
  • Controle a sua pressão arterial;
  • Perca peso;
  • Reduza o açúcar no sangue;
  • Deixe de fumar;
  • Diminua o seu stress.

Cancro na terceira idade

Cancro numa pessoa idosa

O cancro é conhecido por não escolher idades ou sexos. No entanto, e devido ao envelhecimento do corpo, as pessoas idosas estão mais suscetíveis a esta doença, mesmo que não existam casos anteriores na família. Existem vários tipos de cancro (próstata, mama, pulmão, entre outros) e o tempo é determinante para combater esta doença. Quanto mais cedo for descoberto um cancro, maiores serão as probabilidades de o tratar.

Sintomas do Cancro

Um diagnóstico precoce é essencial para prevenir o aparecimento desta doença. Existem vários sintomas associados ao cancro. Destacamos os seguintes:

  • Uma saliência ou nódulo em qualquer outra parte do corpo;
  • Uma verruga nova ou mudança de um sinal existente;
  • Uma ferida que não cicatriza;
  • Rouquidão ou tosse que não desaparece;
  • Mudanças no funcionamento da bexiga e nos hábitos intestinais;
  • Desconforto depois de comer;
  • Dificuldade em engolir qualquer tipo de alimento;
  • Aumento ou perda de peso sem qualquer tipo de razão aparente;
  • Sangramento anormal;
  • Sentir-se fraco ou muito cansado.

Tratamentos do Cancro para idosos

Atualmente, já existem vários tratamentos que combatem esta doença. Dos mais comuns, identificamos os seguintes:

  • Cirurgia (procedimento clínico que remove o tumor maligno, assim como as células circundantes da zona afetada)
  • Radiação (também conhecida como radioterapia, utiliza raios de alta energia para matar as células cancerosas)
  • Quimioterapia (tratamento que utiliza medicamentos que matam as células cancerosas)

Como prevenir o Cancro no envelhecimento

Apesar de ser uma das doenças mais comuns nos idosos, há várias formas de prevenir o cancro. Ora vejamos:

  • Não fume nem utilize produtos relacionados com o tabaco;
  • Evite queimaduras;
  • Tenha uma boa alimentação;
  • Mantenha um peso indicado à sua estrutura;
  • Mantenha-se ativo;
  • Não ingira bebidas alcoólicas;
  • Seja prudente;
  • Participe nos rastreios do cancro.

osteoporose na terceira idade

Osteoporose – A doença silenciosa dos ossos

A Osteoporose carateriza-se pela diminuição da massa óssea e pela alteração/deterioração da qualidade estrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao aumento do risco de fraturas. Na maior parte das vezes, esta doença só é diagnosticada após a ocorrência de uma fratura, por isso, é conhecida como a doença silenciosa dos ossos.

As fraturas mais frequentes são as que ocorrem no quadril, na coluna e nos punhos e devem-se ao enfraquecimento dos ossos que não têm resistência nem conseguem suportar o peso do corpo.

Possíveis consequências da osteoporose

  • Fraturas da anca, do pulso e das vértebras;
  • Diminuição da qualidade de vida;
  • Dor prolongada;
  • Dificuldade em manter-se de pé e necessidade de recorrer a auxiliares de marcha;
  • Diminuição da estatura e curvatura das costas;
  • Degradação do estado geral;
  • Redução da autonomia e dependência de terceiros.

Sintomas da Osteoporose

Como esta doença não tem qualquer tipo de manifestação prévia, antes da ocorrência da primeira fratura, é aconselhável que se faça um rastreio. Caso contrário, ela irá desenvolver-se silenciosamente e os ossos ficarão mais frágeis sem que a pessoa se aperceba. No entanto deve considerar as seguintes situações:

A Osteoporose é uma doença comum nos idosos e pode ter consequências devastadoras, pois o risco de queda é muito elevado, logo, as probabilidades dos ossos se partirem também aumentam. De facto, podem ser tomadas muitas medidas simples que reduzem a possibilidade de estes ocorrerem. Tenha presente que para fazer uma mudança nos seus hábitos vai ser necessário empenho.

Para reduzir as hipóteses de cair é necessário que reconheça os motivos/fatores que podem levar o idoso a sofrer uma queda e, mais importante que isso, tornar a sua casa mais segura, já que a maioria das quedas acontecem em casa, principalmente nas escadas de casa.

Tratamento da Osteoporose

Para além da medicação, deverá fazer com regularidade exercício físico e adotar uma alimentação indicada para a Osteoporose.

Surdez ao longo do envelhecimento

Surdez – Perda auditiva

A surdez é uma consequência natural que ocorre durante o envelhecimento cujo o termo médico se denomina por presbiacusia.

Considerada como uma das doenças mais comuns nos idosos, quase metade dos idosos com mais de 75 anos têm dificuldades em ouvir, a surdez tem um enorme impacto sobre a qualidade de vida de muitos idosos. Pode comprometer a comunicação verbal e o bem-estar do indivíduo, levando ao isolamento e à depressão.

Não é de se estranhar portanto, que a presbiacusia seja um dos mais importantes fatores de desagregação social do idoso. Uma vez que com a diminuição da sensibilidade auditiva ocorre também a redução na inteligibilidade da fala, produzindo um efeito devastador no processo de comunicação verbal, afetando inclusive o convívio familiar.

Como identificar a surdez?

A surdez pode aumentar gradualmente, por isso, os idosos podem demorar a perceber que estão a perder a audição. O ideal será sempre realizar exames auditivos anuais para que problemas possam ser detetados e tratados precocemente.

No entanto existem algumas questões que pode colocar a si mesmo como forma de identificar se está ou não a ficar surdo:

  • Quando está em ambientes ruidosos, tem dificuldade em entender as conversas à sua volta?
  • É regular pedir às pessoas para repetirem o que dizem pois não consegue ouvir de forma precisa o que estes estão a dizer?
  • Tem a sensação que escuta bem, mas depois constata que não percebeu o que lhe disseram?
  • Precisa de aumentar o volume da televisão ou do rádio, mais que o normal?

Se respondeu “sim” a todas estas questões, então aconselhamos a realizar um teste de audição junto do seu médico. Assim, ficará a saber se está ou não a perder a audição à medida que envelhece.

Tratamento da surdez

No caso da surdez associada ao envelhecimento, a chamada presbiacusia, o tratamento mais eficaz para estes casos resume-se à colocação de um aparelho auditivo para ajudar o idoso a ouvir melhor.

Solidão e depressão nos idosos

Depressão na terceira idade

A depressão é uma das doenças mais comuns nos idosos. Trata-se de uma doença mental grave e incapacitante que interfere no quotidiano do idoso e está frequentemente associada a um sentimento de tristeza profunda e prolongada.

Ter sentimentos depressivos faz parte do processo de envelhecimento, especialmente quando se passa por uma situação ou experiência menos positiva. No entanto, se os sintomas se agravarem e perdurarem mais de duas semanas consecutivas, é necessário procurar ajuda médica parar tratar desta situação.

O que causa a depressão

Não há uma razão concreta para explicar o fenómeno depressão, pois as causas variam de pessoa para pessoa. No entanto, podemos associar alguns fatores ao aparecimento da depressão: condições de vida adversas, o divórcio, a perda de um ente querido, o desemprego, entre outros. Visto não existir uma causa associada a esta doença mental, é essencial descobrir a razão que está a impulsionar este estado de saúde para saber qual a melhor forma de lidar com este problema.

É de salientar que outras doenças comuns nos idosos, como a surdez ou doença de Parkinson podem provocar ou facilitar a ocorrência de situações depressivas ou o desenvolvimento para uma depressão crónica.

Sinais de depressão no idoso

  • Perda de apetite;
  • Somatização;
  • Dores físicas;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldades de concentração;
  • Problemas de sono;
  • Perda de gosto pela vida;
  • Fraqueza física;
  • Dificuldade de convívio com amigos, colegas e familiares;
  • Apatia e desmotivação;

Por vezes, a depressão não é tão percetível quanto pensamos e muitas são as pessoas que escondem este estado de saúde. Esteja particularmente atento aos idosos que moram sozinhos em casa, uma vez que estes têm tendência a sentirem-se excluídos e abandonados.

 Como ajudar um idoso com depressão?

Tem algum familiar idoso que sofre desta doença? Sugerimos algumas dicas para lidar com um idoso que sofre de depressão:

  • Tenha paciência para compreender a situação. Por vezes, a falta de compreensão leva a que este estado de saúde se agrave;
  • Faça com que o idoso se sinta útil, atribuindo-lhe tarefas diárias que o ajudem a distrair
  • Ajude-o a exercitar a mente com frequência. Estimule-o com quebra-cabeças e palavras cruzadas, por exemplo.
  • Converse bastante com o idoso, de forma a que este não se sinta isolado
  • Incentive-o a sair de casa, a ir passear e conversar com os amigos
  • Cuida da alimentação do seu familiar e incentive-o a realizar exercício físico.

Sofre de alguma destas doenças ou vive diariamente com um familiar que padece de alguma destas patologia atrás referidas? Como lida com esta situação? Partilhe connosco. #Stannah